quinta-feira, 19 de abril de 2012


Eu sei, mas não devia

Marina Colasanti

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.


A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.



quarta-feira, 18 de abril de 2012

Barbaridade: Maaaaais um pouco de crochet

Barbaridade: Maaaaais um pouco de crochet: A linha usada para realizar este trabalho é a mesma utilizada em máquinas de tricô (com dois fios) e o resultado final é muito lindo. ... E...

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Vovó Doçura!

Outro dia eu estava no mercado com meu netinho e ao passar pelo caixa ele me chamava: Mamãe! Mamãe!, 
e eu sorri e disse: Vovó!!!! 
Ele repetiu e continuou: Vovó!! Vovó!!!  
Então a moça do caixa me perguntou porque eu não deixava que ele me chamasse de Mamãe
e eu respondi que eu era a Avó e não a Mãe! 
Aí ela me falou: Mas Vovós são Mamães com açúcar!!!! 
Eu achei muito lindo! Adorei as palavras carinhosas dela! 
E cada vez que ele me chama de Mamãe eu penso: 
com muuuuuuito açúcar!!!
mas ainda insisto: Vovó!


quarta-feira, 11 de abril de 2012

Comes e Comes!


Frango Crocante no Forno

Torta de Bananas

Torta de Frango Juju e Cesar

Torta de Frango do Gui


Empadinhas

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Flores Crochê com gráficos



Vaquinha na cozinha!

Charmosa e com roupa de melancias!!!

Borboletinha... tá na cozinha!

Booooooorboletinha, tá na cozinha, fazendo chocolate para a madrinha! Poti poti, perna de pau, olho de vidro e nariz de pica pau!!!! (nada a ver né??? mas essa canção é tão bonitinha!)

Enfeite de porta




Sushis da Lili


Dá trabalho, mas é bom demais! Se eu não fosse tão preguiçosa faria todos os dias!!!

Melancias na mesa! L

Adoro! de todos os tipos, cores, sabores, formatos!!! E pra minha Juju almoçar ou jantar com seu maridinho, fiz este joguinho! faltou o porta talheres e as sementinhas... mas tô cuma preguicinha!!! depois eu faço!!!

Porta pratos em crochê

Fiz para minha filhota linda levar os pratos quando for à casa dos amigos desprevenidos!!!